Então as novidades da viagenzinha à Halle

Fomos afinal para cidade de Halle Saale [pronuncia-se "rále sále"], na ex Alemanha Oriental. A viagem foi tão deliciosa que nem tive tempo de ler o livro que levei no carro. Chegamos a andar a incríveis 200 km/h (uma velocidade muito confortável, se querem saber) e são, realmente, duas horas de cá até lá, como eu tinha especulado. A paisagem é linda e cada detalhe diferente era motivo para aumentar minha fascinacão. Passamos por vários daqueles cataventos enormes de energia eólica que são muito comuns aqui, vimos castelos antigos de longe e também onde ficava a antiga barreira que costumava dividir a Alemanha, vinte anos atrás.

Saímos de Osterode ao meio-dia, acho. A Monika dirigindo, eu ao seu lado, Zita, Katarina e Peeps (a poodle da Zita) atrás. A Kata é namorada do Jonathan, só pra constar - já, já falo dele. Buscamos ela antes de irmos e eu foi quando vi pela primeira vez um guaxinim! Não só vi, como segurei e fiz carinho. A mãe dela cuida do bichinho enquanto ele ainda é filhote, depois vai soltá-lo em uma reserva, muito genial.

Chegando em Halle já era possível ver diversas casas abandonadas em contraste com outras novas e bem cuidadas. Esses prédios e casas foram deixadas por, na maioria, famílias jovens quando o Muro de Berlin caiu. Antes de 89, 34o mil pessoas moravam na cidade; hoje em dia, constam 250 mil, com a média de idade de 44 anos. Loucura...
Mas não por isso a cidade perdeu seu charme. Que cidade deliciosa, viu.

Fomos para a casa da Tina, irmã da Monika, que tem dois filhos: Jonathan [pron.: iúúnatan], 15, e David [pron.:dávi], 10. Conhecemos a casa, lanchamos e saímos para a tal da competicão. O que a maioria das pessoas pensou quando falei dela, foi uma daquelas competicoes de salto, mais comuns no Brasil. Mas não. Era um rodeio. E bem no estilo americano mesmo, com direito a bandeira dos EUA e traje composto por botas e chapéus.
Tinham várias categorias diferentes, nas quais, por exemplo, os "cowboys" tinham que conduzir uma vaca específica dentre outras para uma área demarcada. No início foi até interessante, mas depois perdi o gosto pela coisa e o frio que estava fazendo também não ajudou nada. Mas enfim, não me importei em acompanhá-los, a Zita estava tão animada que tivemos que voltar em casa , antes de sairmos de Osterode, pra buscar o cinto que ela tinha esquecido. Valeu, no mínimo, a experiência. hehe

Voltamos pra casa e não tivemos tempo nem pra sentar, o Straßebahn* que ia nos levar pra o centro saía em dez minutos quando o Jonathan checou na internet. Corremos e ainda assim perdemos o trem. (a Tina levou o David pra casa do pai antes de sairmos de novo)
Pegamos um alternativo que passou logo em seguida e fomos para o festival de esportes que estava tendo em uma prac,a no centro. Muito peculiar, de fato. Tinham desde pessoas fazendo hidroginástica (tava muito frio!) e mergulho até uma apresentac,ão de kung fu. Não ficamos lá nem cinco minutos e continuamos andando. A parada seguinte foi em um jardim delicioso, onde estava exposto um trabalho composto por fontes incomuns e muita água correndo, feita pelos estudantes de Artes e Design da Universidade de Halle. Fiquei tentanda, quando a Tina falou da faculdade, admito.
Passamos ainda na casa de Handel, que hoje em dia é um museu sobre o artista, pra ir ao banheiro e pra eu poder dar uma olhadela. Estava tendo um concerto pago naquela hora, por isso não tive a oportunidade de visitar o lugar direitinho.
Finalmente estávamos indo para o nosso destino inicial, a fonte do parque. A fonte. Uma palavra: Uau!
Com deslumbrantes oitenta metros de altura, a fonte super simples no meio de um lago é só um jato vertical e à noite fica iluminada e mais linda ainda. E que clima mais delicioso. Andamos por dentro do parque e chegamos em um ambiente com música ao vivo, que era a atracão principal. Alguns minutos depois que chegamos escureceu por completo (aqui no verão, às nove e meia da noite ainda tem uma luzinha fraca no céu). Fora os pernilongos, era o ambiente perfeito. Me apaixonei, não teve jeito.
A banda com uns cinco integrantes tocava música clássica, uma pequena orquestra ao ar livre. Seguiu, então, uma banda local de jazz com uma vocalista com uma voz tão gostosa e macia. Antes da troca de bandas a Zita, o Jonathan e a Kata voltaram pra casa a pé - andamos tanto que já estávamos perto de casa - por que estavam um tanto quanto entediados. Incompreensível.! hahaha


E ainda fomos pra um showzinho na rua do lado depois. Eu, Monika, Tina e uma amiga da Tina que encontramos por lá, não me lembro seu nome agora - shame on me.
Muito legal, cara! A banda era formada por moradores da rua super carismáticos que na vida real um é químico, outro professor e outro trabalha com aqueles toldos que se estivam por cima de eventos pra não molhar a galera, sabe? Então tudo tava bem estruturadinho. A platéia era basicamente formada por moradores da rua e o clima estava muito gostoso, pessoas dancando e conversando.
Era uma vez um poste. Ele estava perto do palco iluminando a tudo e a todos. Tudo bem. É então que chegam dois homens com uma escada. Hm, ok... Eles posicionam a escada no poste, um deles sobre e quebra a lâmpada! Daí ficou escuro e bacana, só com as luzes do palco. O mais hilário foi que dois minutos depois a lâmpada quebrada acendeu de novo! Não me pergunte como, hehe.

No dia seguinte, arrumamos nossas coisas dentro do carro e fomos todos para o Landemuseum Für Vorgeschichte Halle. Quem leu com atenc,ão concluiu que o dito cujo é um museu. Vor, pré; Geschichte, história. Sim! Um monte de ossos antigos e reconstruc,oes em cera de animais e seres humanos da Pré-História! Muito legal, sério.
Eles tinham disponível um fone de ouvido com as opc,oes de áudio em alemão ou inglês. E, claro, eu peguei um em inglês. Ainda não estou assim tão fluente pra entender termos de específicos do tipo. (Não estou nem um pouco fluente, mas detalhes à parte...) Site da exposic,ão em inglês ou em alemão acuí.
E estava exposta também uma tábula que tinha sido perdida há muitos anos e que foi encontrada 11 anos atrás em uma área relativamente perto de Halle. O Disco de Nebra, como é chamada, é um dos achados mais relevantes do último século, porque é a representac,ão mais antiga da abóbada celeste encontrada. Muito bacana, deêm uma googlada ou clique aqui para irem pro link da página sobre na Wikipedia em inglês.
Nós passamos bem umas três horas dentro do museu, foi bem bacana.
E depois nós comemos pizza ali por perto, nos despedimos e voltamos pra estrada.

A volta não foi tão deslumbrante porquê estava nublado e chovendinho. O livro serviu de alguma coisa afinal.

Domingo era então. O Simon (filho) tinha chegado na casa dos Grammel na noite anterior, então eu finalmente o vi. Pra quem não sabe, ele esteve no Brasil durante um bom tempo estudando no Rio e no início do ano passado passou em Brasília e nos visitou. Então ele adora continuar treinando o seu português comigo, o que não contribui pra minha aprendizagem linguística, mas é legal mesmo assim.
A Petra, prima da Monika - sobrinha do meu avô portanto - chegou no domingo com as gêmeas, Luka e Zoey, de seis anos. Dois amores. Elas moram em Munique e já fui convidada pra ir passar um tempo lá. Depois de ter ido pra um cidade grande, agora mesmo que eu não deixo passar o convite! (:

Demorei horas pra escrever esse post. Fui e voltei umas duas vezes e me distrai diversas vezes com outras coisas. Acho que comecei a escrever às 20h? Hm, não sei. De qualquer modo, já se passaram oito minutinhos depois da meia noite - em Brasóila, 19h mais oito minutinos , nove agora! E por mais que minha aula só comece às 9h30, é bom eu ir indo dormir, né.
Vou escrever mais sobre os outros dias que já passaram desde domingo, mas depois...
Aliás, hoje é aniverspario da Zita. E eu tenho um presente. hehe

That's all folksl!


P.S.: Aprendi a abrir e fechar as portas! Yay!

*Straßebahn [pronúncia: ishtrrrácêban] é como um bonde, anda nas pistas no meio da cidade. Mas, como diz o nome, não é um bonde, é um trem. Straße = rua, Bahn = trem. (trem de rua?)

2 comentários:

Francis Espíndola disse...

caramba, tanta coisa que nem sei o que comentar. realmente, tudo isso deve ser lindo. que bom que você tá se divertindo, amor.
agora vai dormir que tá tarde u-u
ily

Marina disse...

Ume delícia, né? Passear e conhecer coisas que você nem imaginava existir!
E que linda fonte!

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